terça-feira, 16 de setembro de 2008

A Estréia de Três Irmãs: O Surf Promete...


Com média de 32 pontos (fonte: patriciakogut.com), estreou ontem a novela Três Irmãs. Assistindo a este capítulo pude ver o tanto que nosso horário nobre se difere do horário nobre dos EUA (chamado de Prime Time). Lá, o primeiro episódio, em sua maioria com uma hora de duração se tratando de dramédia (programas que se enquadram como drama, mas tem uma dosagem de humor exacerbada em alguns personagens), tem quase que a obrigação de cativar o público, apresentar os personagens principais e as tramas que devemos acompanhar, justamente por ser um programa semanal. Aqui no Brasil, para que você consiga entender toda trama, se interessar e optar por acompanhá-la, é necessário pelo menos uma semana de novela. Quer dizer, no mínimo 5 horas de programa a mais.

Outro fato curioso é a apresentação dos personagens título. As "três irmãs" só apareceram depois de 20 minutos de capítulo em uma cena sem diálogo. Depois, de forma muito rápida, conhecemos uma a uma. Primeiro, Claudia Abreu (linda como sempre), aparece com um sotaque/gíria engraçado. Algumas palavras e frases são faladas em inglês, quase como aqueles "miguxos" que você encontra pelo Orkut. Depois é a vez de Giovanna Antonelli, que desde a propaganda pude perceber que o tom de seu personagem seria daqueles desastrados engraçados (será que ela consegue?). Em seguida conhecemos Carolina Dieckmann e ficamos sabendo que a mesma é a caçula das irmãs, adotada e surfista.
Como sempre, a Globo capricha na produção para provar seu Q de qualidade, anunciado a exaustão. As cenas filmadas em Bali foram de tirar o chapéu. A abertura, apesar de previsível, ficou excelente. A trilha então, nem se fala. Maitê Proença, como mãe de Paulo Vilhena promete, assim como Regina Duarte, a misteriosa Waldete (com w, exigido pela intérprete). O núcleo humorístico também me animou. 
Como tudo tem seu porém, a cena de luta da verdadeira herdeira da cadeia de hotéis (não sei o nome da atriz ou da personagem) ficou bem feita, mas sem propósito algum à trama. Esse tipo de abordagem não seria aplicado apenas em Negócio da China, de Miguel Falabela? Ou será que a globo está tão desesperada assim na busca pelo público jovem. Por falar em público jovem, não achei no site Globo.com menção alguma do que havia sido noticiado: personagens criados para a internet com o intuído de prover interação com o público virtual e da novela.

Como um todo, a novela parece promissora e, ao que tudo indica, deixará pra traz as tramas insossas das duas novelas anteriores deste mesmo horário. Bom, assim espero.

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