quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Ídolos 2008: Final

Nesta quarta-feira foi ao ar a grande final da edição 2008 do programa Ídolos em um especial, ao vivo, diretamente de Anhembi em São Paulo. Os grandes finalistas desta corrida de 30 mil inscritos foram Rafael Barreto e Rafael Bernardo. Ambos tinham o mesmo nome, gerando um coincidência com a final do último American Idol, quando David Cook e David Archuleta disputaram o posto de novo ídolo americano. O programa durou 1h50min, entre programa e intervalos, e a Record tirou de letra.

Dos finalistas, Rafael Barreto sempre foi o mais carismático e com maior apelo, pois sofreu e se recuperou de uma doença grave. Posso ser criticado por isso, mas sua história fez com que ele ganhasse muitos votos de “coitadinho”. Não digo isso por desgostar do competidor. Ele não era ruim, mas também não era um Rafael Bernardo ou uma Cássia Raquel. Se duvidam, entrem nas comunidades e fóruns dedicados ao rapaz antes de me apedrejar. Este argumento está estampado em todos.

Rafael Bernardo, por outro lado, nunca foi severamente criticado pelo júri. Com escolhas não tão populares, por várias vezes ficou entre os menos votados. Mas sem dúvida era a melhor voz do programa. E como programas como esse viram concursos de popularidade nunca achei que ele fosse chegar tão longe.

Os programas de decisão, principalmente os do Ídolos, são muito maçantes. O resultado se arrasta em um programa de apenas meia hora de duração e isso se deve a falta de conteúdo. Mas não vimos isto nesta final: bem produzido e recheado de atrações para os espectadores que acompanharam por meses esta competição.

A presença de Jota Quest foi imprescindível para preencher esses momentos, mas estranhei que em nenhum momento Rodrigo Faro falou com a banda. Será que foi por opção da produção ou deles próprios para evitar a pergunta clichê: que conselho daria aos participantes? Estranho. Outro ponto alto foi a participação da equipe de jornalismo da Record, mostrando que foi capaz de promover o programa da casa e se auto promover de forma eficaz. As correspondentes na Bahia se saíram irregulares, mas a repórter da platéia e o vídeo com os apresentadores da casa foi algo inusitado e inteligente.

Como de costume, as apresentações em grupo são sempre desconcertantes, mas desta vez o Top 10 se saiu muito bem. Até melhor que os participantes americanos na mesma situação. O que me incomoda neste tipo de apresentação é que cada participante tem seu estilo e juntar todos não é o mais aconselhado. Outra coisa é a coreografia desastrosa que são obrigados a seguir.
Finalmente Rodrigo Faro apresentou o prêmio que o vencedor ganharia. Um contrato com a Sony BMG. Isso nunca tinha ficado claro no decorrer do programa. O prêmio Cochise (?) ganhou o meu prêmio vergonha alheia. Eu sou um dos que tenta fugir ao máximo da fase “audições” para não presenciar tais atrocidades e fui obrigado a rever o que, no próximo ano, acontecerá novamente.

O grande campeão foi Rafael Barreto. Agora é esperar e ver se a emissora dará o suporte esperado e que ele se torne, realmente, um ídolo nacional.


Texto publicado originalmente no site
TeleSéries

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